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Ambulância que bateu em carreta e deixou 5 mortos já levou multas por mau estado de conservação e excesso de velocidade

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Ambulância com pneus carecas: a tragédia que expõe a negligência no transporte de pacientes

No dia 21 de dezembro, uma ambulância com pneus carecas colidiu com uma carreta na BR-040, resultando na morte de cinco pessoas, incluindo uma gestante. O acidente trouxe à tona a falta de cuidados e a negligência no transporte de pacientes, especialmente no que diz respeito às condições dos veículos utilizados nesse serviço essencial.

A empresa Guardiões Resgate e os problemas recorrentes

A ambulância envolvida no acidente fazia parte da frota da empresa Guardiões Resgate, que presta serviços para a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora desde março de 2021. No contrato de locação de ambulâncias que a empresa tem com a Prefeitura, consta a obrigação de garantir que os veículos estejam em boas condições de uso.

Surpreendentemente, o veículo já havia sido multado anteriormente por excesso de velocidade e mau estado de conservação. De acordo com as multas registradas, a ambulância apresentava diversas irregularidades, como falta de licenciamento, mau estado de conservação, equipamento de iluminação alterado e falta de cursos específicos obrigatórios para os condutores.

A responsabilidade da Prefeitura de Juiz de Fora

A lei que trata dos contratos públicos estabelece que a Administração Municipal deve fiscalizar a execução do serviço contratado. Porém, as informações revelam que não houve uma fiscalização adequada por parte da Prefeitura de Juiz de Fora em relação às condições de uso da ambulância.

Segundo o contrato entre a Prefeitura e a Guardiões Resgate, a inspeção do veículo deve ser realizada por um representante do Município. Diante disso, é necessário questionar quando foi realizada a última manutenção na ambulância e em quais condições ela foi liberada para trafegar.

A tragédia e suas vítimas

Infelizmente, a negligência e o descaso resultaram em uma tragédia de proporções irreparáveis. A ambulância transportava Maiara de Freitas Cunha, grávida de 32 semanas, que voltava de uma consulta médica em Belo Horizonte. Tanto Maiara quanto seu marido, Marcelo Conceição dos Santos, acabaram falecendo.

Além do casal, os três socorristas que estavam na ambulância também perderam a vida. Alessandra Chagas Motta, enfermeira de 38 anos, Daniela Moraes Miranda Reis, médica de 30 anos, e Leonardo Luiz Neves da Silva, motorista de 28 anos, não resistiram aos ferimentos causados pelo acidente.

A importância das investigações e as medidas necessárias

Ao tomar conhecimento do trágico acidente, a Polícia Rodoviária Federal constatou diversas irregularidades no veículo, como o estado dos pneus e a documentação vencida desde 2021. Agora, cabe às autoridades realizarem as investigações necessárias para apurar as responsabilidades.

Além disso, é fundamental que medidas sejam tomadas para prevenir que situações como essa se repitam. Uma fiscalização rigorosa e uma manutenção adequada dos veículos utilizados no transporte de pacientes são essenciais para garantir a segurança e o bem-estar de todos.

Conclusão

O acidente envolvendo a ambulância com pneus carecas expõe a grave negligência no transporte de pacientes. É inaceitável que um veículo utilizado para salvar vidas esteja em condições precárias e seja incapaz de cumprir sua função adequadamente.

As autoridades competentes devem agir de forma enérgica para responsabilizar os culpados e garantir que medidas sejam tomadas para evitar que tragédias como essa se repitam. A vida e o bem-estar dos pacientes devem ser prioridades em qualquer serviço de saúde, e a segurança no transporte é fundamental para garantir essa proteção.

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